A Suprema Corte do México determinou que o Ministério da Saúde publicasse nos próximos meses um regulamento que permita o uso da maconha para fins medicinais.
Segundo a Reuters, a instrução para criar as diretrizes, que foi legalmente adiada, foi o resultado de um processo apresentado à Suprema Corte do México, que encontrou violações dos direitos humanos de uma criança que precisa usar derivados de plantas como o THC (tetrahidrocanabinol).
É por isso que o executivo deixou a ordem de trabalhar para conseguir, em um curto espaço de tempo, uma regra escrita que regule os tratamentos medicinais baseados na cannabis e estimule seu desenvolvimento.
A revolução da maconha na terra de Emiliano Zapata não para, não importa quanta burocracia encheu as velas de ignição.
Nesta semana, foi anunciado o nascimento da Amexicann, a primeira associação que estudará as propriedades da cannabis no México.
No México, a pesquisa sobre as propriedades medicinais da cannabis é praticamente nula, o que está prestes a mudar.
Isso depois que a Associação Mexicana de Pesquisa em Cannabis (Amexicann) foi fundada em 5 de junho.
A Amexicann é composta por um grupo de cientistas interessados em gerar conhecimento sobre os atributos verificáveis da planta.
A associação enfatizou seu ideal de gerar conhecimento científico e verificável em torno da cannabis como substância ativa da maconha.
Com essas ideias em mente, a Amexicann fará sua apresentação pública no dia 20 de agosto, onde anunciará seus objetivos.
A intenção é consolidar as áreas nas quais o México deveria se concentrar em um uso adequado e útil de derivados de maconha, especificamente de espécies de maconha com mais tempo no México.
A nova associação é presidida por Gustavo Oláiz, ex-comissário de autorização sanitária do Cofepris, também atual diretor geral do Centro de Pesquisa em Políticas, População e Saúde (CIPPS) da Faculdade de Medicina da UNAM.
O Dr. Oláiz disse que o primeiro trabalho a ser feito é localizar as plantas com os melhores genes presentes no México.
“Essa seria a primeira linha, para localizar qual é a melhor genética, qual nos convém, qual para uso medicinal, e qual cânhamo é mais eficaz para uso industrial”, disse.
Em 5 de junho de 2019, foi realizado o ato protocolar que forma a Associação Mexicana de Pesquisa em Cannabis A.C (AMEXICANN) no Centro de Pesquisa em Políticas de População e Saúde da Faculdade de Medicina da UNAM.
Segundo o cientista, os campos de pesquisa são muito amplos, desde a área farmacêutica, veterinária, recreativa e industrial.
O presidente da Amexicann reiterou que a importância dos estudos é que demonstram a eficácia da planta, independentemente da substância ativa utilizada.
Uma terceira área de pesquisa é o uso medicinal não farmacêutico, como remédios de ervas, onde a planta é expressamente incluída quando apresentada em extratos, chás, pomadas, etc.
Um item de pesquisa final será sobre o uso recreativo, e isso ocorrerá assim que a lei for aprovada, o que deverá ocorrer em breve na próxima sessão do Legislativo.
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Fonte: La Marihuana
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