A Phillip Morris International, uma das maiores empresas de tabaco do mundo, está expandindo suas atividades na indústria (farmacêutica) da cannabis através de sua subsidiária Vectura Fertin Pharma, que anunciou na semana passada uma colaboração com a Avicanna, empresa biofarmacêutica de capital canadense que mantém operações na Colômbia.

Segundo a publicação oficial da Avicanna, o objetivo desta associação é “promover a investigação científica sobre a cannabis para fins medicinais”. Aaron Gray, diretor da Alliance Global Partners, empresa de investimentos que detém diversas ações na indústria da planta, a colaboração entre as empresas representa uma aceleração para a Phillip Morris no mercado de plantas.

“Phillip Morris demonstrou um interesse contínuo no lado medicinal da cannabis. O seu investimento em 2016 na Syqe Medical centrou-se na medicina, e esta parceria com a Avicanna continua nessa linha. O interesse público da Phillip Morris pela cannabis concentrou-se mais no aspecto médico do que em produtos recreativos ou de consumo”, disse Gray.

“Acho que esta é uma estratégia de várias décadas. As tendências de consumo entre os jovens adultos estão mudando: estão abandonando o tabaco e o álcool e preferindo a cannabis. A Big Tobacco percebe isso e quer capturar essa nova e crescente base de consumidores. Empresas como a British American Tobacco têm divisões como a “Beyond Nicotine” para abordar estas tendências, e a cannabis faz parte dessa visão. Não se trata apenas de se proteger, mas de se preparar para uma mudança de longo prazo no consumo”, disse Gray.

NOTA DE OPINIÃO: as grandes indústrias (de setores que ajudaram a criminalizar a planta) estão articulando os planos de monopólio no mercado mundial da maconha. No Brasil a indústria farmacêutica já está dominando, enquanto direitos básicos, como o autocultivo, são negados. Fiquemos atentos!

Referência de texto: Forbes

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