Desde meados de outubro de 2024, a Epsilon está disponível no Uruguai. É a variedade de maconha com mais THC que pode ser adquirida em farmácias autorizadas do país. Agora, a última novidade é que em apenas dois meses, esta genética vendeu mais que Alfa e Beta, as outras opções disponíveis, ao longo do ano. Segundo dados oficiais do Instituto de Regulação e Controle da Cannabis (IRCCA), foram vendidos cerca de 359 quilos de Epsilon em novembro e dezembro. Enquanto as outras duas chegaram a 325 e 240 quilos, respectivamente. Só foram superadas pela alternativa intermediária, Gamma, que distribuía cerca de 2.254 quilos.
Segundo o último relatório do IRCCA, a incorporação da variante Epsilon levou ao registro de dez mil novos usuários no sistema de compras das farmácias uruguaias. Esta genética contém 20% de THC, enquanto Alfa e Beta mal chegam a 9%. Gamma, a opção intermediária, tem 15% de THC.
Daniel Radío, presidente do IRCCA e secretário geral da Junta Nacional de Drogas, comparou este sucesso comercial da Epsilon com as alternativas oferecidas pelo mercado vitivinícola. “Algumas pessoas têm uma videira em casa e eventualmente cultivam-na e colocam as uvas num garrafão na parte de trás da casa e fazem vinho, mas a maioria das pessoas não faz isso. As pessoas vão e compram em uma loja. Quando você vai e fica em frente à gôndola, ela tem variedades: tannat, cabernet, merlot. E escolha”, disse Radío, em diálogo com o programa de televisão En perspectiva.
Além das farmácias, o sistema regulatório do Uruguai permite o acesso à maconha através do autocultivo ou de um clube social. Atualmente, são 74.757 pessoas cadastradas para comprar maconha em 40 farmácias autorizadas, 11.679 têm suas plantas em casa e há 436 clubes que contam com 15.162 associados.
Referência de texto: Cáñamo
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