De acordo com um relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de álcool influenciou 2,6 milhões de mortes em cerca de 145 países em todo o mundo em 2019. Os jovens entre os 20 e os 39 anos e as pessoas na Europa foram responsáveis pela maior proporção de mortes atribuíveis ao consumo de bebidas alcoólicas.
Embora as taxas de mortes relacionadas com o álcool tenham diminuído desde 2010, o número total permanece “inaceitavelmente elevado”, afirmaram responsáveis da OMS no relatório publicado em junho deste ano. As mortes ligadas ao consumo de álcool representam cerca de 4,7% de todas as mortes no mundo. Estima-se que cerca de 470 milhões de pessoas na Europa bebem, das quais 10% têm um distúrbio relacionado com o consumo de álcool e cerca de 6% sofrem de dependência do álcool. Em termos de gênero, os homens consomem quase quatro vezes mais que as mulheres.
“O álcool está causando centenas de milhares de doenças cardiovasculares, lesões, cânceres e cirrose hepática na nossa região”, disse a Dra. Carina Ferreira-Borges, conselheira da OMS para Álcool, Drogas Ilícitas e Saúde Prisional, uma das autoras do estudo. Segundo o relatório, quase 800 mil pessoas morrem todos os anos na Europa por causas relacionadas com o álcool, o que representa 9% de todas as mortes no continente. A OMS observou que apenas doze dos 53 países europeus conseguiram reduzir o consumo de álcool em 10% desde 2010.
“O estigma, a discriminação e os conceitos errados sobre a eficácia do tratamento contribuem para estas lacunas críticas na prestação do tratamento, bem como para a contínua baixa prioridade dos distúrbios relacionados com o uso de substâncias pelas agências de saúde e de desenvolvimento”, afirmaram os autores do estudo.
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