Um estudo publicado recentemente no Journal of Parkinson’s descobriu que mais de um terço das pessoas com Parkinson nos Países Baixos estão usando produtos naturais de saúde para ajudar a tratar os sintomas de sua condição. Os resultados deste estudo também revelaram, no entanto, que uma porcentagem preocupante dessas pessoas não está revelando aos seus profissionais de saúde que estão usando produtos como café, cúrcuma e maconha para Parkinson.

O estudo — cujos autores incluem Sandra Diadhiou, da Université Laval, no Canadá, e o professor Bas Bloem, do Radboud University Medical Center, na Holanda — entrevistou 367 pessoas com Parkinson de toda a Holanda, todas elas parte do banco de dados PRIME-NL (Proactive and Integrated Management and Empowerment of Parkinson’s Disease – Netherlands).

O objetivo do estudo não era apenas descobrir a prevalência do uso de produtos naturais para aliviar os sintomas do Parkinson, mas também descobrir se os entrevistados estavam cientes das potenciais interações entre os produtos naturais e seus medicamentos para Parkinson, e se eles haviam discutido o uso de produtos naturais com seus médicos.

Os resultados mostraram que:

36% dos entrevistados confirmaram que estavam usando remédios naturais para a saúde, como café e maconha, para o Parkinson

Destes, o café foi o produto mais popular em uso (16% dos entrevistados), seguido pela cannabis (13%) e pela cúrcuma (10%).

Outros suplementos usados ​​incluem fava-de-veludo e camomila.

39% dos usuários de produtos naturais para a saúde estavam cientes das possíveis interações com medicamentos prescritos para Parkinson.

Apenas 39% dos usuários discutiram esses suplementos com seu médico.

Os resultados da pesquisa levaram o estudo a fazer duas recomendações: primeiro, que há “a necessidade de esforços adicionais de pesquisa sobre os benefícios para a saúde e a segurança desses produtos” e, segundo, que “discussões abertas com seus provedores de saúde são encorajadas para garantir eficácia e segurança”.

Uma pesquisa anterior realizada pela Michael J Fox Foundation nos EUA em 2022 mostrou que, de quase 2.000 pessoas pesquisadas, 70% estavam usando maconha no tratamento do Parkinson, mas um terço ainda não havia contado ao seu médico.

Referência de texto: Parkinson’s Europe

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