A carga da doença é o impacto de um problema de saúde medido pelo custo financeiro, mortalidade, morbidade ou outros indicadores. Muitas vezes, é quantificado em termos de anos de vida ajustados pela qualidade ou anos de vida ajustados por incapacidade. De acordo com dados publicados na revista Pain Reports, o uso de extratos de maconha por pacientes está associado a melhorias a longo prazo na intensidade da dor e nos sintomas relacionados.

Pesquisadores israelenses avaliaram a segurança e a eficácia dos extratos de maconha em uma coorte de 218 pacientes de meia-idade com dor crônica (idade média: 54 anos) durante seis meses. Os pacientes consumiram extratos sublinguais contendo concentrações padronizadas de THC e CBD.

O tratamento com maconha foi associado a reduções sustentadas na intensidade da dor, uso de opioides, ansiedade, depressão e privação de sono. Embora alguns indivíduos tenham relatado efeitos colaterais “leves a moderados” da cannabis, esses eventos não interromperam o “uso contínuo” de maconha durante todo o período do estudo.

“A cannabis parece ter um impacto na ‘carga da doença’ da dor crônica”, concluíram os autores do estudo. “Também tem um efeito positivo no funcionamento e na qualidade de vida relacionada à saúde”.

As descobertas dos investigadores são consistentes com as de outros estudos observacionais maiores, envolvendo milhares de pacientes com dor inscritos em programas de acesso ao uso medicinal da maconha.

O texto completo do estudo, “Cannabis oil extracts for chronic pain: What else can be learned from another structured prospective cohort” (“Extratos de óleo de cannabis para dor crônica: o que mais pode ser aprendido com outra coorte prospectiva estruturada”), pode ser lido na revista Pain Reports.

Referência de texto: NORML

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