A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, recomendou a reclassificação da maconha como substância da Lista III, o que, se confirmado, significaria uma diminuição na perseguição aos usuários da planta. A sugestão se baseia no fato de a maconha ter respaldo científico para tratamento medicinal e por ter menor potencial de abuso do que outras substâncias que estão sujeitas às mesmas restrições.

Até agora, a cannabis está na Lista I de substâncias proibidas da FDA. Esta é a classificação mais proibitiva, onde também são encontrados heroína e LSD. Mas agora, com base em uma investigação científica de 250 páginas realizada pelo órgão, foi recomendado que a maconha fosse retirada da categoria de drogas mais restritiva do país.

“Há consistência entre bancos de dados, entre substâncias e ao longo do tempo, e embora o abuso de maconha produza evidências claras de consequências prejudiciais, incluindo transtorno por uso de substâncias, elas são relativamente menos comuns e menos prejudiciais do que algumas outras drogas”, disseram os pesquisadores em um documento divulgado na última semana.

Além disso, os responsáveis ​​pelo estudo da FDA sugeriram classificar a maconha na tabela III porque a planta é aceita para o tratamento médico de diversas condições de saúde nos Estados Unidos. O Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas endossou o relatório da FDA para reduzir os processos judiciais contra a maconha.

Se a medida for finalmente aprovada, será a primeira vez desde 1970 que deixará de substituir as substâncias sujeitas às penas mais severas e que não têm utilização médica.

Referência de texto: Cáñamo

Pin It on Pinterest

Shares