O vocalista do Black Sabbath parou de tomar ácido depois que um cavalo “disse” para ele “se foder” no final de uma conversa de uma hora.

A lenda do Black Sabbath é profunda. De morder cabeças de morcegos a cheirar filas de formigas, o líder da banda, Ozzy Osbourne, tem algumas das histórias mais loucas da história do Rock and Roll. Talvez um de seus mais engraçados momentos envolvendo o uso de substâncias tenha vindo à tona na nova edição da Classic Rock, que revisita o caótico apogeu do Black Sabbath e a produção do clássico Vol. 4. Na entrevista, Osbourne também se abriu sobre o momento em que percebeu que tinha que desistir do LSD: depois de ter uma conversa de uma hora com um cavalo, conforme relata o portal Louder Sound.

Não foi durante o Vol. 4 sessões, mas este momento também ocorreu no início dos anos 70. Osbourne lembra: “Naquela época, nos Estados Unidos, as pessoas gostavam muito de misturar ácido em suas bebidas”, diz Ozzy. “Eu não me importava. Eu costumava engolir punhados de cada vez. O fim veio quando voltamos para a Inglaterra. Tomei 10 papeis de ácido e depois fui passear no campo. Acabei ficando lá conversando com esse cavalo por cerca de uma hora. No final, o cavalo se virou e me disse para me foder. Para mim, chega”.

Os membros do Black Sabbath gostavam de psicodélicos e se abriram sobre suas experiências com eles. Em 2017, o baterista Bill Ward disse ao portal Metal Hammer: “É interessante falar sobre o fenômeno do LSD quando você está tocando na frente de 25 a 30.000 pessoas, mas em retrospectiva eu ​​estava correndo grandes riscos não apenas com minha performance, mas com toda a performance”.

Então, em 2020, o baixista Geezer Butler contou ao Metal Hammer sobre sua primeira viagem, dizendo: “Eu pensei que era um esqueleto. Entrei na van e todos eles disseram ‘O que há de errado com você?’ Eu disse ‘Você não vê? Eu sou um esqueleto!’ Estávamos dirigindo e havia um parque ao nosso lado com todas essas flores nele, e eu pensei que as flores estavam tentando entrar na van. Subi no palco e pensei que estava em um barco e a multidão era ondas. Foi horrível. Eu estava assistindo minha mão tocando as músicas e pensei que não estava conectado ao meu corpo. Assustador”.

O guitarrista Tony Iommi também teve uma revelação ácida para compartilhar. Ele disse ao Classic Rock que teve o pior momento com LSD. “Eu odeio estar fora de controle. Com cocaína, eu senti que estava no controle, eu sabia o que estava acontecendo. Mas ácido… eu estava na América no início dos anos 70, e tive uma dor de cabeça terrível, e uma garota disse que tinha um par de comprimidos para isso. E ela me deu um pouco de ácido. Caramba, eu não sabia o que me atingiu! Graças a Deus o resto da banda veio e sentou-se no meu quarto e me acalmou. Eu ia pular pra fora pela janela!”.

LSD é ótimo! É uma das melhores drogas, se usada com moderação. Mas drogar alguém que não entende o quão poderosos os psicodélicos podem ser é ruim. Drogar alguém sem consentimento é errado. Se os membros do Black Sabbath mal conseguem lidar com drogas, ninguém mais consegue. Portanto, não faça isso! E também não pressione seus amigos para tomar psicodélicos se eles não quiserem.

Os anos 70 foram selvagens. O LSD era novo, e os psicodélicos estavam tendo seu primeiro renascimento. E o Black Sabbath foi, sem dúvida, parte disso. A confecção do Vol. 4 sempre fará parte do cânone da história do rock psicodélico. Como não poderia ser? Como lembra Osbourne, “Morávamos juntos em uma casa em Los Angeles, ensaiamos lá, usamos um monte de drogas e fizemos um álbum: simples”. “Foram bons tempos.”

Com certeza foram bons tempos repletos de boas músicas.

Referência de texto: Merry Jane

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