O deputado uruguaio Eduardo Antonini, do Movimento de Participação Popular (MPP), apresentou no Parlamento uma proposta para permitir a venda de maconha para uso adulto a estrangeiros que estiverem visitando o país. A ideia vem sendo levantada no país há muito tempo, mas não chegou a ser concretizada legislativamente em nenhum momento. Anonini apresentou sua proposta como forma de atrair o turismo e retornar aos níveis de antes da pandemia.

Desde 2013, o Uruguai permite o acesso à maconha para residentes adultos por meio de três formas: autocultivo, associação a clubes com 15 a 45 membros e compra de cannabis produzida pelo estado. A proposta do deputado é modificar a lei para permitir que não residentes que estejam legalmente no Uruguai comprem maconha nas mesmas condições que os uruguaios. O deputado propõe ainda a sua participação em clubes, cujo número máximo de sócios subiria para 200.

O deputado não é o único que concorda em permitir o consumo a turistas, o secretário-geral da Secretaria Nacional de Drogas e presidente do Instituto de Regulação e Controle da Cannabis, Daniel Radío, também acredita que esse é o caminho. “Acho que em algum momento nos parecerá óbvio no curso da história que, quando as pessoas vão para outro país, podem tomar um copo de vinho ou fumar maconha, se quiserem. Ainda não hoje porque temos resquícios e rastros do proibicionismo”, disse a Radío ao El País no ano passado.

Mas ao contrário do deputado do MPP, o chefe da Secretaria de Drogas acredita que os turistas devem ter acesso para mantê-los longe do mercado ilegal, e não para incentivar o turismo canábico que promova o uso da erva.

Referência de texto: Cáñamo

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