Para tornar sua reivindicação visível, os ativistas plantaram algumas plantas de maconha em frente ao Palácio do Governo.
Grupos ativistas, camponeses e representantes de povos indígenas se reuniram no México para exigir que a regulamentação da produção de cannabis priorize os povos indígenas e os setores mais vulneráveis. Para tornar sua reivindicação visível, os ativistas plantaram algumas plantas de maconha em frente ao Palácio do Governo da cidade de Hermosillo, no estado de Sonora, e anunciaram que iniciarão imediatamente o cultivo de cannabis próximo à cidade de Mayo, na região sul do Estado.
Como parte do protesto, os grupos se dirigiram a outros prédios do Poder Executivo, como a sede do Poder Executivo Estadual, o Congresso local, o Ministério Público, a Procuradoria Geral da República e a Comissão de Direitos Humanos. Lá eles registraram suas reivindicações e o início do cultivo tradicional de cannabis no município de Álamos. Seus objetivos vão além da maconha, mas também reivindicam a liberdade dos indígenas de realizarem seus próprios cultivos em seus territórios.
O protesto e os cultivos fazem parte do Plano Tetecala, movimento civil pelo direito ao cultivo livre da planta que começou no final do ano passado no estado de Morelos depois que a Comissão de Proteção contra Riscos Sanitários não respondeu o pedido de cultivo de Cannabis. Segundo El Sol de Cuernavaca, a Comissão de Direitos Humanos do Estado de Morelos assinou o Plano Tetecala e emitiu um comunicado para proteger os agricultores que cultivam maconha naquele estado.
No estado de Sonora, os cultivos indígenas anunciados serão inicialmente destinados à produção medicinal, conforme explicou um dos integrantes do movimento à agência EFE. “Realmente não viemos pedir licença ao Governo, viemos mesmo informar as autoridades que o cultivo de cannabis vai começar no território mayo, estamos apenas na primeira fase, de informação, de aproximação da planta, fase da culturalização canábica”, assegurou o advogado Andrés Saavedra Avendaño.
Referência de texto: Cáñamo
Comentários