Tony Hernández foi considerado culpado de introduzir cocaína nos Estados Unidos entre 2004 e 2016.
O tribunal federal de Manhattan condenou Juan Antonio Hernández Alvarad, irmão do presidente de Honduras, à prisão perpétua e mais 30 anos de prisão por quatro crimes relacionados ao tráfico de drogas. Um júri considerou Hernández culpado de todas as acusações em 2019, mas o julgamento da condenação levou quase um ano e meio para ser concluído devido ao pedido do advogado de adiá-lo várias vezes.
Hernández, de 42 anos, foi deputado pelo Partido Nacional de Honduras (atual partido no governo) entre 2014 e 2018. Em 2016 foi apontado por um capitão das Forças Armadas com supostos vínculos com o narcotráfico e, um ano depois, pelo chefe de um cartel de drogas que estava sendo julgado nos Estados Unidos. Em novembro de 2018 Hernández foi preso no aeroporto de Miami, acusado de conspiração para importação de cocaína, conspiração para posse de armas, posse de metralhadoras e dispositivos destrutivos e por fazer declarações falsas na presença de Oficiais dos EUA.
O promotor de Nova York afirmou durante o julgamento do mês passado que Hernández “conspirou com seu irmão, o presidente de Honduras” para introduzir milhares de quilos de cocaína nos Estados Unidos em colaboração com o cartel hondurenho de Los Cachiros. As declarações de dois líderes do cartel, que também estão sendo julgados em Nova York, apontam para o atual presidente, os dois líderes anteriores, o exército e a polícia do país, por facilitar o tráfico de drogas.
Referência de texto: Cáñamo
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