Pesquisadores da Universidade de Minnesota (EUA) validaram um teste genético que pode prever se uma planta de cannabis produzirá mais CBD ou mais THC, uma ferramenta que pode ajudar a impedir os agricultores de cultivar cânhamo que viola as leis federais e estaduais do país.
A equipe estudou três variedades diferentes de cannabis – de cultivadores de cânhamo industrial, amostras do Instituto Nacional de Abuso de Drogas e cannabis selvagem – comparando marcadores genéticos com a proporção de THC versus CBD. A equipe então verificou que a genética era um bom preditor da proporção.
George Weiblen, que é professor da Faculdade de Ciências Biológicas, diretor de ciências e curador de plantas do Bell Museum, cujo laboratório conduziu o estudo, disse que espera que a técnica “possa auxiliar na nova certificação de sementes para a indústria do cânhamo”.
“Para que o cânhamo decole em Minnesota e em outros lugares, deve haver maneiras de garantir aos cultivadores que eles não terão que destruir suas safras no final da temporada”, disse Weiblen.
No artigo, publicado no American Journal of Botany, os pesquisadores argumentam que basear a definição de cânhamo apenas no THC não corresponde à biologia e, em vez disso, propõem proporções de THC e CBD.
Os pesquisadores também observaram que encontrar plantas selvagens ricas em THC é muito raro, uma chance de 1 em 100.
“A presença de mais de uma das três classes de canabinoides em populações selvagens, industriais e clínicas torna a dicotomia entre ‘cânhamo’ e ‘maconha’ sem sentido do ponto de vista botânico”, afirma o estudo. “A dicotomia entre ‘cânhamo’ e ‘maconha’ perpetua suposições culturalmente tendenciosas e pejorativas sobre a Cannabis sativa que têm impedido a investigação científica por quase um século”.
Os pesquisadores argumentam que “uma definição descolonizada reconhecendo plantas do tipo THC, tipo CBD, tipo intermediário e tipo CBG seria mais precisa botanicamente e talvez mais prática à medida que o uso e a regulação da Cannabis sativa continuam a se expandir e diversificar”.
Referência de texto: Ganjapreneur
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