De acordo com um estudo recente, quase metade das pessoas consultadas com esclerose múltipla recorrem à maconha para aliviar os sintomas da doença.

Mais de 40% dos pacientes com esclerose múltipla (EM) usaram maconha ou produtos contendo canabinoides no ano passado, de acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Michigan. O estudo foi publicado recentemente na revista Multiple Sclerosis Journal – Experimental, Translational and Clinical e no site do Instituto Nacional de Saúde dos EUA.

O estudo foi concluído com informações obtidas nos Estados Unidos sobre 1.000 pessoas com EM. Os dados revelaram que 42% dessas pessoas consomem canabinoides ou terapias baseadas em CBD.

“Esses dados da pesquisa nacional destacam a prevalência crescente do uso de canabinoides em estadunidenses com esclerose múltipla e, entre os usuários, uma percepção contínua do benefício para vários sintomas crônicos”, escreveram os pesquisadores.

Entre os entrevistados, 90% disseram que usavam maconha para fins medicinais. De acordo com isso, a razão é que não existem no mercado terapias qualitativamente melhores. O fato de sofrerem de dores crônicas na maioria dos casos, e que leva à insônia crônica, leva à busca por medicamentos que possam amenizar esse quadro. Parece que, entre as alternativas de mercado, o CBD é o que mais utilizam.

Pacientes que usaram cannabis para tratar sua esclerose múltipla descobriram que ela é mais eficaz para melhorar o sono e reduzir a frequência dos tremores, além de mitigar náuseas e ansiedade. Os pesquisadores notaram que a maioria dos pacientes que optaram por usar cannabis para tratar sua esclerose múltipla queriam mais informações sobre seu uso, mas não receberam essas informações de seu médico.

Referências externas: High Times / Cáñamo

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