Ao longo da história, a maconha tem sido usada como remédio por civilizações em todo o mundo. No post de hoje, falaremos sobre alguns dos motivos de usos mais frequentes entre as mulheres.
Reduz a fadiga crônica: as mulheres geralmente têm maior probabilidade do que os homens de sofrer da síndrome da fadiga crônica, 2 a 4 vezes mais, de acordo com alguns estudos. Não se trata de uma fadiga por cansaço, mas sim um distúrbio complexo caracterizado por fadiga extrema que não atribui a nenhuma doença pré-existente e limita a capacidade de realizar tarefas diárias. Na Índia e em algumas regiões do Himalaia, foi usada para melhorar a resistência e aliviar a fadiga crônica.
Alivia a dor menstrual: na segunda metade do século XIX, a maconha era comum como medicamento e era encontrada em praticamente qualquer farmácia. A Rainha Vitória da Inglaterra, por exemplo, usava tinturas de cannabis indica para aliviar dores menstruais sobre recomendação do seu médico Russel Reynolds, que afirmou que “quando pura e administrada em doses seguras, é um dos medicamentos mais valiosos que possuímos”. Nas antigas culturas chinesas, já era usada para tratar distúrbios menstruais.
Reduz a dor do parto: a maconha também serviu as mulheres de muitas culturas ao redor do mundo durante o parto e a gravidez, embora hoje seja muito controverso. O jornalista Joe Dolce menciona em Brave New Weed: adventures into the uncharted world of cannabis que, na era neolítica, as mulheres ingeriam, bebiam ou aplicavam cannabis para aliviar a dor do parto e, geralmente, levar melhor a gravidez. As mesmas evidências são encontradas em culturas da China, Egito ou Índia, entre algumas das mais antigas.
Alivia dores de cabeça: de acordo com alguns estudos, as mulheres têm três vezes mais chances de sofrer de enxaqueca do que os homens. O Dr. Ethan Russo, um neurologista e pesquisador médico, menciona em algumas de suas obras que a maconha é comumente usada para dores de cabeça em muitas culturas antigas como a indiana, chinesa, egípcia, assíria, grega, romana e islâmica, entre outras. E continuou a ser usada até quase a metade do século XX, até ser substituída pela medicina moderna.
Combate a depressão: as mulheres têm o dobro de chances de sofrer depressão que os homens, indicam alguns estudos. Segundo Robert Clarke e Mark Merlin, dois dos principais autores e pesquisadores sobre a maconha, na medicina ayurvédica na Índia, a maconha era usada para promover a felicidade. O farmacêutico britânico Walter Ernest Dixon, no final do século 19, afirmou que a maconha fumada é interessante para tratar ataques de depressão, fadiga mental, dor de cabeça e exaustão.
Estimula o apetite e controla o peso: as mulheres são mais propensas a distúrbios alimentares. Um estudo liderado pela Dra. Catherine Preston, da Universidade de York, e publicado na revista científica Cerebral Cortex, determinou uma explicação neurológica para essa disparidade entre homens e mulheres. “Acontece que o setor feminino tem mais probabilidade do que o masculino de experimentar atividade cerebral relacionada à percepção negativa do corpo”. A cannabis, além de estimular o apetite, ajuda no controle de peso. De fato, há evidências de que, milhares de anos atrás, já era usada para esse fim.
Leia também:
- A maconha pode ajudar a combater a síndrome pré-menstrual?
- Estrogênio aumenta a sensibilidade da maconha
- A maconha não é tóxica durante a gravidez, diz estudo
- A maconha na obstetrícia e ginecologia: da antiguidade à atualidade
- Novos dados mostram que cada vez mais mulheres usam maconha
- Usar maconha antes da relação sexual aumenta orgasmos em mulheres, diz estudo
- A maconha afeta a libido de maneiras diferentes
- Semente de cânhamo reduz os sintomas da TPM e a menopausa
- A maconha é eficaz contra a endometriose?
- A maioria das mulheres com câncer de mama usa maconha para aliviar as dores nos EUA
Fonte: La Marihuana
Comentários