Nos Estados Unidos, uma empresa de cannabis do Kentucky enviou sementes de maconha ao espaço no domingo de manhã. A pesquisa buscará as mudanças produzidas na planta quando estiver em microgravidade.
A empresa norte-americana Space Tango, líder em pesquisa espacial e especializada em P&D, bioengenharia e fabricação em microgravidade, anunciou uma associação para criar uma nova empresa subsidiária com o objetivo de desenvolver as propriedades das plantas de cannabis.
A Atalo Holdings, baseada em Winchester, enviou na semana passada sementes para a Estação Espacial Internacional a bordo do SpaceX 17. A nova empresa fornece genética certificada em cânhamo e quer melhorar o potencial e a bioengenharia da planta para aplicações no campo da biomedicina. Outra das empresas associadas é a Anavii Market, uma empresa de varejo especializada em produtos e óleos de canabidiol e CBD.
Pesquisa no espaço
Experiências espaciais podem fornecer aos seus produtores informações valiosas. O Space Tango já conduziu uma investigação com cevada para a cervejaria Budweiser. Joe Chappell, pesquisador da Universidade de Kentucky e colaborador do projeto, disse que a microgravidade poderia revelar funções biológicas que não são óbvias na Terra.
“Compreender a reação das plantas em um ambiente onde o estresse gravitacional tradicional é removido pode fornecer novos insights sobre como se adaptam ao novo ambiente”, disse Chappell.
“Quando enviamos plantas para a Estação Espacial Internacional, eliminamos uma força essencial e constante, à qual as plantas estão bem adaptadas: a gravidade,” acrescentou o Dr. Joe Chappel. “Quando as plantas estão estressadas, elas produzem compostos de um reservatório genético que lhes permite se adaptar e sobreviver”.
Essas plantas de maconha permanecerão no espaço seis semanas antes de retornar a Terra. A empresa afirma que os resultados desta pesquisa estarão abertos ao público, uma vez que “podem ajudar no desenvolvimento de aplicações biomédicas relacionadas ao CDB”.
“Cada vez que um novo tipo de plataforma física tem sido usado com sucesso, como o eletromagnetismo, tem havido um crescimento exponencial de novos conhecimentos, benefícios para a humanidade e formação de capital”, disse o cofundador e presidente do Space Tango, Kris Kimel. “Usando a microgravidade, imaginamos um futuro em que muitos dos próximos avanços em saúde, biologia vegetal e tecnologia possam ocorrer fora do planeta Terra”. “Esta é a primeira vez que a planta deixa o planeta”, acrescentou Kris Kimel. “Então, vamos ver o que a gravidade zero faz”.
Um projeto muito atraente
Hilliard, CEO da Atalo Holdings, disse que este projeto está em andamento há mais de um ano, mas sem a recente legalização do cânhamo em nível federal, teria sido muito mais complicado.
É um projeto particularmente atraente porque a indústria canábica cresce rapidamente e há muitas indicações de seus múltiplos e potenciais usos que ainda não foram realizados. Dentro de vários meses, vão lançar a próxima fase, que incluirá a germinação da semente no espaço.
A empresa de tecnologia agrícola Atalo Holdings forneceu as sementes de cannabis que chegarão segunda-feira à estação espacial.
Fonte: Space Tango
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