O uso de maconha por pelo menos um mês está associado ao uso reduzido de opioides em pacientes com dor, de acordo com um novo estudo.

O estudo, intitulado “Redução da dose de opioides e controle da dor com cannabis medicinal”, foi publicado no Journal of Clinical Oncology. Foi realizado por pesquisadores do grupo médico Kymera Independent Physicians.

Para o estudo, “foi avaliado uma coorte retrospectiva para compreender o padrão de cuidados e resultados de qualidade de vida (QV) com o uso de cannabis medicinal (MC) em práticas multidisciplinares rurais no Novo México”. O questionário de qualidade de vida incluiu uma escala de dor gradual e foi usada a “dose equivalente de morfina (ME) para estimar as mudanças na dose de opioide”. A ODR se definiu como “qualquer redução da dose inicial de opioides”. Um qui-quadrado foi realizado para avaliar as associações.

“Um total de 133 pacientes foram identificados entre janeiro de 2017 e maio de 2017. (M/F) 65/68; média de idade de 53 (entre 20 – 84)”, diz o estudo. “19% (25/133) tiveram um diagnóstico de câncer. A pontuação de dor melhorou em 80% dos pacientes com câncer e em 75% (64/89) dos pacientes sem câncer (x2 0,24 p = 0,62)”.

Redução do uso de opioides em pacientes

A redução da dose de opiáceos (ODR) foi alcançada em 41% de todos os pacientes que usaram maconha medicinal. Destes, 63% (34/54) tiveram 25% de ODR e 37% (20/54) tiveram 26% ou mais de ODR (x2 12,8 p = 0,002). Em pacientes com câncer, foi alcançado um ODR de 25% em 73% (x2 0,51 p = 0,771)”.

Os pesquisadores afirmam que “todos os pacientes (15/15) que usaram MC e opioides em altas doses (equivalente a morfina ≥ 50 mg/dia) tiveram algum ODR. Os AINEs coadjuvantes (anti-inflamatórios não esteroides) com maconha medicinal melhoraram a pontuação de dor em 67% de todos os casos, em comparação com 33% do grupo sem AINE (x2 10,7 p = 0,001). A ODR foi alcançada em 32% dos pacientes com depressão ativa versus 68% dos pacientes sem (x2 0,044 p = 0,83)”.

O estudo conclui afirmando que “nesta coorte rural, o uso de CM levou à ODR em 41% de todos os pacientes”.

Para mais informações sobre este estudo, clique aqui.

Fonte: Journal of Clinical Oncology

Pin It on Pinterest

Shares