O sucesso de um cultivo de maconha será sempre a soma de vários fatores. Costuma-se dizer que 30% vão depender da semente cultivada, 30% dependerá do substrato, 30% dependerá dos cuidados, e 10% está nas mãos do azar porque ninguém consegue prever todos os perigos que uma planta pode enfrentar. Dentro dos cuidados, se incluem tanto as condições que podemos oferecer às plantas, indoor ou outdoor, como a rega e os fertilizantes que usamos. Nesse post vamos falar um pouco sobre os nutrientes NPK.

A maconha é uma planta que tem altas necessidades nutricionais, mas muito específicas. Sempre distinguimos entre fertilizantes e aditivos para a fase de crescimento, e fertilizantes e aditivos para a fase de floração. Quando vemos uma embalagem de fertilizante, o destaque de sua composição é sempre o chamado NPK. Isso se refere aos níveis de nitrogênio, fósforo e potássio que eles contêm. Estes 3 elementos são os chamados macronutrientes primários. O nome não se refere à sua importância, porque são todos importantes. Refere-se à maior demanda por parte da planta em comparação com outros.

Os fertilizantes de crescimento, podemos ver que eles sempre têm altas doses de nitrogênio, com doses médio-baixas de fósforo e potássio. Os fertilizantes de floração, por outro lado, têm baixas doses de nitrogênio, com doses médio-altas de fósforo e potássio. Entenda as funções de cada um desses nutrientes e sua importância:

NITROGÊNIO (N): é o nutriente que as plantas de maconha mais consomem, especialmente durante o crescimento. Também na formação de tecidos, uma vez que regula a produção de proteínas, intervém na produção de clorofila e é primordial no crescimento de folhas e caules. É um nutriente móvel, isto é, a planta distribui e substitui nas áreas onde há carências. A água da rega tem grande facilidade para arrastá-lo e removê-lo pela drenagem, por isso deve ser usado regularmente. As deficiências de nitrogênio são muito comuns. As plantas tendem a amarelar porque a produção de clorofila é interrompida. Sempre começa nas folhas velhas e se estende até as folhas mais jovens. Os excessos produzem superfertilizações, e as plantas mostram uma cor verde escura antes de começa a mostrar queimaduras nas pontas e bordas.

FÓSFORO (P): É essencial para que a planta possa realizar fotossíntese e a transferência de energia solar para compostos químicos. É uma peça fundamental do DNA e está diretamente associada ao vigor da planta e à produção de resina e sementes. No crescimento é essencial para a formação das raízes e é especialmente necessário nos estágios iniciais de crescimento, na clonagem e na floração. Também é um elemento móvel. As deficiências de fósforo tornam o crescimento mais lento e as folhas nascem menores. Na floração, os buds terão dificuldade em se desenvolver e serão menores e menos resinosos. As folhas ficam mais escuras, com cores roxas, até que elas se retorcem e caem. Uma superfertilização de fósforo interfere na absorção de outros elementos, o que pode levar a erros no diagnóstico.

POTÁSSIO (K): é essencial para que a planta possa extrair água do solo e assimilá-la através de um processo de osmose. Ajuda a combinar açúcares, amidos e carboidratos e facilita sua mobilidade. É essencial para o crescimento por divisão celular e a preparação de proteínas que aumentam o teor de óleo e melhoram a qualidade dos terpenos. Também é um elemento móvel que a planta distribui nas áreas onde é necessário. As deficiências de potássio não são fáceis de localizar, uma vez que as plantas crescem normalmente. Mas os caules tornam-se gradualmente fracos, depois as folhas ficam amarelas de fora para dentro, até que acabam se oxidando, ondulando e morrendo. A floração desacelera. Um excesso de potássio dificulta a absorção de outros elementos como magnésio, ferro ou manganês. As carências e excessos são comuns.

Os nutrientes básicos contêm boas doses de NPK, sempre dependendo do ciclo. Também incluem macronutrientes secundários (enxofre, cálcio e magnésio) e micronutrientes (ferro, cobre, manganês, zinco, molibdênio, boro e cloro). Todos e cada um deles igualmente importantes, mas não em proporções iguais. Em geral, os nutrientes básicos, como o nome indica, são a base da alimentação de uma planta de maconha para o crescimento e a floração sem complicações.

Por outro lado, os aditivos podem conter tanto macronutrientes primários, como secundários e micronutrientes, bem como enzimas, vitaminas e aminoácidos. Sua função é reforçar e/ou melhorar uma fase específica. Por exemplo, os potencializadores de floração contêm nutrientes que a planta exige para um enraizamento mais rápido. Potencializadores de crescimento permitem um desenvolvimento mais rápido e mais vigoroso. E os potencializadores de floração também complementam a nutrição básica, especialmente com altas doses de fósforo e potássio, os nutrientes mais demandados na fase de engorda das flores.

Ao selecionar fertilizantes para um cultivo, é recomendável comprar fertilizantes e aditivos do mesmo fabricante. A razão é que, com eles em conjunto, são realizados testes de cultivo, estudando a melhor combinação possível de nutrientes. Se usarmos marcas diferentes, podemos ter problemas com as doses ou exceder algum nutriente. Orgânico ou mineral, a grande diferença é o respeito pelo meio ambiente e a facilidade de assimilação pelas plantas. Os minerais são absorvidos rapidamente, enquanto os orgânicos precisam dos microrganismos do solo para transformá-los em nutrientes assimiláveis.

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Fonte: La Marihuana

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