Extratos ricos em CBD contendo pelo menos uma pequena quantidade de outros canabinóides “apresentam um perfil terapêutico melhor” do que o CBD sozinho, de acordo com um novo estudo publicado na revista Frontiers in Neurology.

O estudo, intitulado Benefícios Clínicos Potenciais dos Extratos de Cannabis Ricos em CBD sobre o CBD Purificado na Epilepsia Resistente ao Tratamento, afirma que os benefícios melhorados dos extratos de cannabis com alto conteúdo de CBD sobre o CBD puro “provavelmente devido aos efeitos sinérgicos do CBD com outros fitocompostos (Efeito Entourage)”.

De acordo com o resumo do estudo. “Este trabalho de meta-análise descreve a análise de estudos clínicos observacionais sobre o tratamento da epilepsia refratária com produtos à base de canabidiol (CBD). Além de tentar estabelecer a segurança e a eficácia de tais produtos, também investigamos se existem evidências suficientes para fazer alguma diferença na eficácia entre os extratos ricos em CBD em comparação com os produtos de CBD purificados”.

Os pesquisadores dizem que “a procura sistemática ocorreu em fevereiro de 2017 e foi atualizada em dezembro 2017 usando as palavras chave epilepsia, ou Dravet, ou Lennox-Gastaut,ou CDKL5, combinadas com Cannabis, canabinoide, canabidiol, ou CBD, resultando em 199 documentos. A avaliação qualitativa resultou em 11 referências válidas”.

Os dados categóricos de um total de 670 pacientes foram analisados ​​pelo teste de Fischer. A dose diária média variou entre 1 e 50 mg/kg, com uma duração de tratamento de 3 a 12 meses (média de 6,2 meses).

“Dois terços dos pacientes relataram uma melhora na frequência de convulsões (399/622, 64%)”, afirma o estudo. “Houve mais relatos de melhoria em pacientes tratados com extratos ricos em CBD (318/447, 71%) que os pacientes tratados com o CBD purificado (81/223, 36%), com significância estatística”.

No entanto, quando se aplicou a limiar clínica padrão de uma redução de 50% ou mais da frequência de convulsões, apenas 39% dos indivíduos foram considerados “respondedores” e não houve diferença entre os tratamentos com extratos ricos em CBD (97/255, 38%) e CBD purificado (94/223, 42%).

Os pacientes tratados com extratos ricos em CBD relataram uma dose média menor (6,1mg/kg/dia) do que aqueles que usaram o CBD purificado (27,1mg/kg/dia). “Os relatos de efeitos adversos leves e graves foram mais frequentes em produtos contendo CBD purificado do que em extratos ricos em CBD”.

O estudo conclui; “Os extratos ricos em CBD parecem ter um perfil terapêutico melhor do que o CBD purificado, pelo menos nesta população de pacientes com epilepsia refratária. As raízes dessa diferença provavelmente se devem aos efeitos sinérgicos do CBD com outros fitocompostos (também conhecidos como efeito Entourage), mas isso ainda não foi confirmado em ensaios clínicos controlados”.

Para acessar o texto completo deste estudo, clique aqui.

Fonte: The Joint Blog

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