Esta semana, a Comissão Global de Políticas sobre Drogas da ONU apresentou um relatório na Cidade do México. O documento diz sobre a guerra às drogas que havia sido um enorme fracasso e recomenda a legalização.

A Comissão das Nações Unidas procura com este relatório que nações como Colômbia, México e Brasil redirecionem suas medidas contra o tráfico de drogas. “O relatório fornece uma rota prática que aborda as implicações reais e reconhece as dificuldades de transição de mercados de drogas ilegais para mercados legalmente regulamentados”, disseram.

“A guerra global às drogas fracassou, com consequências devastadoras para indivíduos e sociedades em todo o mundo. Cinquenta anos após o início da Convenção Única sobre Entorpecentes, e quarenta anos depois que o presidente Nixon lançou a guerra contra as drogas do governo dos Estados Unidos, são necessárias reformas fundamentais urgentes no controle político de drogas nacionais e globais”, começa. E diretamente é proposta a legalização e sua regulamentação.

Por exemplo, e sobre o México, a Comissão disse que neste país serão gerados cerca de 300 bilhões de dólares que passam do controle fiscal e da lei. A ONU propõe os movimentos de controle de cultivo e compra e venda que já ocorreram nos Estados Unidos, no Uruguai e no Canadá.

Seria sobre abrir o mercado à regulação e isso daria origem a um controle de suas operações, espaços saudáveis ​​para consumo e compra, e transparência no mercado regulado com tudo o que isso implica. “Um mercado que permite decisões informadas, um mercado no qual os impostos são gerados e que o dinheiro pode ser investido em educação”.

O objetivo mais importante deste relatório seria encorajar esses estados a experimentarem outras fórmulas legais diferentes da fracassada “guerra às drogas” e atualmente colocando ênfase na legalização da maconha.

A Comissão criada em 2011 é composta por 23 membros, alguns dos quais foram prêmios Nobel, outros ex-líderes e líderes de opinião. A Comissão apela aos governos para que imponham políticas mais progressistas neste domínio e deem prioridade aos direitos humanos, saúde e segurança.

Um dos membros do grupo, o presidente mexicano Ernesto Zedillo, disse que durante sua presidência cometeu erros com certas políticas errôneas sobre esta questão, “eu tinha a responsabilidade e eu segui a política errada, o que temos feito há quase um século é errado, a proibição está errada e está causando muitos danos”, “seguimos políticas erradas e percebemos o que dizemos”.

Também e publicado pela Milenio, o ex-presidente mexicano disse: “O que acontece é que vamos mudar a definição do que é o mercado legal. Aqueles que hoje produzem maconha podem fazê-lo legalmente, os camponeses pobres que são vítimas de crimes atrozes devem se tornar produtores legais”, disse.

Fonte: Warp

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