Na conferência “Canabinoides aplicados ao tratamento da Diabetes” que ocorreu durante a Expo Weed 2017, o cientista colombiano Juan Carlos Restrepo, explicou como os consumidores de maconha são menos suscetíveis a diabetes graças às alterações metabólicas produzidas pela planta no corpo.

O pesquisador e especialista disse que a diabetes está fortemente relacionada com a obesidade e que os dois distúrbios estão relacionados com os dois receptores de canabinoides do cérebro e que, em contato com a maconha, “mantem um equilíbrio no metabolismo da glicose”.

“Tem sido demonstrado que os canabinoides em nosso corpo previnem ou melhoram a diabetes e a pré-diabetes”, argumentou Juan Carlos Restrepo, e criticou os poucos estudos que existem sobre esta questão.

No entanto, a estimulação do receptor CB1 e em menor extensão do CB2 pelo THC, além dos canabinoides produzidos pelo nosso corpo, “aumentam nosso apetite, promovendo a adipogênese”, a geração de gordura corporal.

“Isso aumenta o risco de doenças cardiovasculares antes da formação da diabetes tipo 2”, argumentou o pesquisador, que também disse que menos obesidade se relaciona com uma maior prevalência do consumo de maconha, o estudo da The Third National Health and Nutrition Examination Survey, dos EUA.

Além disso, o THC “está associado com ao baixo índice de massa corporal”, evitando a obesidade, devido à aceleração metabólica.

“Não só o consumo de THC reduz o peso”, a mudança no metabolismo que produz a maconha predispõe a pessoa a uma mudança no estilo de vida, “e a diabetes é uma doença que está intimamente relacionada com o estilo de vida”, acrescentou o doutor.

A sensibilidade à insulina também é aumentada, e “assim nos protege de hiperglicemia,” continuou.

“Ela diminui a glicose, a adiposidade e a obesidade”, afirmou, mas disse que mais pesquisas são necessárias porque “os canabinoides atuam de maneira muito individual”, dependendo do organismo.

Juan Carlos Restrepo disse que, se uma pessoa deixar de usar maconha e, em seguida, iniciar seu consumo, ocorre um desequilíbrio metabólico que “aumenta a resistência à insulina”.

Concluindo o pesquisador em sua palestra ressaltou que são necessários mais estudos e investigações epidemiológicas e mais estatísticas apropriadas.

“As entidades governamentais baseiam-se em estudos controlados e aleatorizados com um seguimento de oito anos para aprovar um medicamento”, disse, acrescentando que viu pouco interesse em financiar mais pesquisas sobre maconha e doenças.

Fonte: Al Momento

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