Você sabia que para otimizar sua colheita você pode utilizar de técnicas como a poda, que nada mais é que o corte de algumas gemas, folhas ou plantas. A forma que a planta irá se desenvolver dependerá da forma que a podarmos.
Para manter as plantas baixas e compactas alguns cultivadores podam as gemas aumentando assim suas ramificações.
Eles também podam as ramas mais baixas para que a planta possa concentrar sua energia nos top buds.
‘ATENÇÃO’ cultivadores iniciantes pensam que se podarem os ramos de folhas maiores, a planta poderá concentrar a sua energia nos topos. Vamos desmistificar ou abrir a polêmica.
Na realidade, as folhas são importantes nesse processo bioquímico, pois produzem alimentos nutritivos que distribuem para toda a planta.
Se nos desfizermos delas, a planta ficará com falta de aporte nutritivo e não florescerá, pois influenciará na condução da seiva elaborada e floema (sistema vascular vegetal).
Observando o ramo central e/ou principal da planta, identificamos as folhas mais recentes e entre elas uma nova gema.
Cortando esta nova gema, a planta produzirá duas ramas a partir do primeiro nó inferior à poda.
Os nós são os pontos onde as ramas e as folhas se unem ao talo principal. Por isso que o espaço entre os nós é denominado entrenó.
Repetindo esta técnica nascerá quatro ramas principais em vez de duas.
As gemas são estruturas onde se desenvolvem as plantas e onde estas medem a duração da exposição luminosa (Já falamos sobre elas).
É preciso ficar atento, pois se a poda for tardia é muito provável que a floração também seja, pois a planta não conseguirá definir corretamente a duração da luz.
A DICA para uma poda segura para os iniciantes é podar a gema central quando a planta tiver quatro pares de folhas.
Não conte os cotilédones (folhas embrionárias) espere-os secar e cair.
A planta produzirá então duas novas ramas laterais e quando tiver novamente quatro pares de folhas você pode cortar as gemas.
Desta maneira, obteremos 4 pares de ramos e a planta será mais compacta e volumosa.
As pequenas ramas que não se desenvolvem podem-nas para que a planta concentre a sua energia nas ramas maiores. As ramas que recebem pouca luz podem ser cortadas, pois tendem a se atrofiar e não desenvolver.
Alguns cultivadores guardam inclusive somente as 4 ou 5 ramas mais fortes e se desfazem das restantes. As suas plantas produzem então 4 ou 5 top buds ocupando desta maneira menos espaço e sendo fácil de amarrar.
Embora o rendimento da planta seja um pouco menor, há espaço para mais plantas, e a colheita é similar.
Um dos maiores equívocos a respeito da planta é que as folhas grandes fazem sombra e ao cortá-las beneficiam-se os buds. Isto não só é errado como também prejudica a saúde da sua planta.
As folhas maiores são em primeiro lugar uma fábrica de alimento fotossintético e quando morrem são uma reserva de clorofila.
Durante a sua vida a folha produz açúcares que servem para alimentar a planta e ajudam a fabricar os seus tecidos.
No momento da floração estas mesmas folhas amarelam e secam, sinalizando que o nitrogênio foi embora e enviam a sua clorofila para outras partes da planta.
Se cortar essas folhas acabarão com o conjunto celular, os estômatos importantíssimos nos processos metabólicos da planta.
Então melhor é deixar as folhas secarem e caírem por si mesmas. Mas levando em consideração que se a folha está consumindo mais energia que produzindo e fornecendo, você pode retirar, assim como as acometidas por insetos e ou agentes patológicos.
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