Pesquisadores da Universidade de Canberra na Austrália anunciaram o lançamento de um novo projeto de investigação que visa à criação de uma terapia à base de maconha para o tratamento de melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele.

A Universidade assinou um contrato no valor de um milhão de dólares pela fabricante internacional de maconha medicinal Cann farmacêutica, para a prestação da erva para fins de ensaios clínicos em pacientes com melanoma.

O projeto de investigação terá a duração de dois anos será conduzido pelo professor de biologia molecular e celular Sudha Rao.

A equipe do professor Sudha Rao, do Instituto de Pesquisa de Saúde da Universidade, já começou investigar sobre terapias inovadoras e agressivas para combater células cancerígenas e prevenir a reaparição do câncer.

Professor Rao disse que os estudos clínicos irão ajudar a lançar uma nova luz sobre a eficácia da maconha no tratamento de melanoma.

Os estudos existentes sugerem que alguns dos compostos encontrados na maconha têm a capacidade de “desligar” o crescimento descontrolado de células cancerígenas na pele, o que é um fator importante para o desenvolvimento e progressão do câncer da pele.

Uma investigação em setembro de 2013, publicada no British Journal of Pharmacology mostraram que o canabidiol (CBD) pode ser muito promissor para o desenvolvimento de novos tratamentos para o câncer de pele.

“Os australianos têm a maior taxa de melanoma no mundo. Estima-se que só em 2016 serão diagnosticados cerca de 13.000 australianos com melanoma”, disse Rao.

“O melanoma é considerado o terceiro câncer mais comum na Austrália e Nova Zelândia, cerca de 1.800 pessoas morrerão da doença este ano, por isso temos de desenvolver tratamentos eficazes.”

A maconha medicinal é administrada a pacientes com melanoma, em paralelo com a quimioterapia. Os cientistas controlam estritamente a forma de como as células-tronco respondem ao tratamento com a erva. Espera-se iniciar os ensaios clínicos em 2017.

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